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Reviravolta no caso Mauro Cid: PGR nega perdão judicial e sugere inclusão em programa de proteção a testemunhas

PGR se posiciona contra extinção da penaA Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contrariamente ao pedido da defesa do tenente-coronel Mauro C...

Por Redação — 19/11/2025 às 04:00
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Reviravolta no caso Mauro Cid: PGR nega perdão judicial e sugere inclusão em programa de proteção a testemunhas

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PGR se posiciona contra extinção da pena

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contrariamente ao pedido da defesa do tenente-coronel Mauro Cid para a extinção de sua punibilidade através de um perdão judicial. Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o órgão considerou a solicitação "prematura" e sem amparo legal neste momento do processo, representando um novo e importante capítulo na saga judicial do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A defesa de Cid buscava o benefício do perdão judicial com base no acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal. No entanto, a PGR argumenta que a concessão de tal benefício só pode ser avaliada ao final do processo, durante a fase de prolação da sentença, e não de forma antecipada como foi solicitado.

O argumento central: momento processual inadequado

De acordo com o vice-procurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, que assina o documento, os resultados da colaboração de Mauro Cid ainda estão sendo apurados e seus efeitos precisam ser completamente verificados. "A análise sobre a efetividade da colaboração e a eventual concessão do perdão judicial ou a redução da pena são questões a serem examinadas apenas na sentença final", destacou o parecer. A PGR ressalta que o acordo prevê benefícios, mas sua aplicação depende do cumprimento integral e da eficácia das informações fornecidas pelo colaborador.

Uma nova proposta: proteção a testemunhas

Além de rejeitar o pedido de perdão, a PGR inovou ao solicitar que a defesa de Mauro Cid se manifeste sobre o interesse em incluir o militar e sua família no Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita). Essa sugestão levanta preocupações sobre a segurança de Cid e seus familiares, indicando a gravidade e o alcance das informações reveladas em sua delação.

A inclusão no programa poderia oferecer uma série de medidas de segurança, como:

  • Proteção policial e escolta;
  • Mudança de residência para local sigiloso;
  • Assistência para reinserção social e profissional;
  • Auxílio financeiro, se necessário.

Os próximos passos e o futuro de Cid

A manifestação da PGR agora será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, que dará a palavra final sobre o pedido da defesa. A posição do órgão acusador, no entanto, representa um forte obstáculo para as pretensões de Mauro Cid de obter um desfecho rápido para sua situação jurídica. O ex-ajudante de ordens é peça-chave em diversas investigações de grande repercussão, incluindo a suposta trama golpista, a venda de joias recebidas pela Presidência e a fraude em cartões de vacinação.

O desdobramento deste pedido será crucial para definir não apenas o futuro de Mauro Cid, mas também para estabelecer precedentes sobre a aplicação dos benefícios em acordos de colaboração premiada no Brasil. A decisão do STF é aguardada com grande expectativa.

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