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Reviravolta no 8 de Janeiro: Moraes vota pela absolvição de general por falta de provas

Voto de Moraes surpreende no julgamento do STFO julgamento dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF) teve um desenvolviment...

Por Redação — 18/11/2025 às 16:00
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Reviravolta no 8 de Janeiro: Moraes vota pela absolvição de general por falta de provas

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Voto de Moraes surpreende no julgamento do STF

O julgamento dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF) teve um desenvolvimento surpreendente nesta semana. O ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações, proferiu seu voto pedindo a absolvição do general da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. A principal justificativa para a decisão foi a insuficiência de provas concretas que o ligassem a uma tentativa de golpe de Estado.

A posição do relator, conhecido por sua postura firme nos inquéritos, chamou a atenção e pode influenciar o destino de outros militares investigados. O julgamento ocorre no plenário virtual da Corte, e os demais ministros ainda precisam apresentar seus votos.

Quem é o General Theophilo e quais eram as acusações?

O General Theophilo é um oficial de alta patente que, à época dos fatos investigados, ocupava o cargo de chefe do Comando de Operações Terrestres (COTER), uma das posições mais influentes do Exército Brasileiro. Sua inclusão na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) o colocou no centro de uma das maiores crises institucionais do país.

As acusações contra ele, baseadas nas investigações da Polícia Federal, eram extremamente graves. O general foi denunciado pelos seguintes crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Associação criminosa armada.

Segundo a denúncia, ele faria parte de um "núcleo de apoio" que daria suporte operacional a uma eventual ruptura democrática após as eleições de 2022.

A Fundamentação: Falta de Provas Robustas

No seu voto, o ministro Alexandre de Moraes argumentou que, embora o nome do general tenha sido mencionado em mensagens e na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, não foram encontrados elementos que comprovassem sua adesão efetiva ao plano. Moraes destacou a diferença crucial entre ser citado por terceiros e a prática de atos concretos para a execução de um crime.

O relator enfatizou que uma condenação criminal exige provas robustas e inequívocas, algo que, em sua análise, a acusação não conseguiu apresentar contra o General Theophilo. De acordo com o voto, não há registros de que o general tenha participado ativamente, dado ordens ou mobilizado tropas em favor de um golpe.

Próximos Passos e o Impacto no Julgamento

O voto de Moraes é apenas o primeiro no julgamento do general. Os outros dez ministros do STF deverão apresentar suas posições no plenário virtual nos próximos dias. Para que a absolvição seja confirmada, é necessária a formação de uma maioria na Corte.

A possível absolvição de um general de quatro estrelas por falta de provas pode estabelecer um precedente importante para outros casos relacionados ao 8 de janeiro, especialmente os que envolvem militares de alta patente. O desfecho deste julgamento é aguardado com grande expectativa, pois sinaliza o rigor do STF na análise das evidências necessárias para condenar os acusados na cúpula das Forças Armadas.

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