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PL Antifacção: Renan Filho acusa Derrite de 'lambança' para blindar investigações

Tensão no Congresso: Ministro chama relatório de Derrite de 'lambança'O cenário político em Brasília foi agitado por fortes declarações do ministro dos Tra...

Por Redação — 17/11/2025 às 23:23
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PL Antifacção: Renan Filho acusa Derrite de 'lambança' para blindar investigações

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Tensão no Congresso: Ministro chama relatório de Derrite de 'lambança'

O cenário político em Brasília foi agitado por fortes declarações do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), contra o secretário de Segurança Pública de São Paulo e relator do projeto de lei (PL) antifacção, Guilherme Derrite (PL). Em uma crítica contundente, Renan Filho classificou o relatório de Derrite como uma "lambança", acusando-o de tentar usar a proposta para blindar investigações e proteger aliados.

A polêmica gira em torno do projeto que busca endurecer as penas e os mecanismos de combate a facções criminosas. No entanto, segundo o ministro, a forma como o texto foi elaborado pelo relator gerou desconfiança e acabou por criar uma rara união entre o governo e setores da direita contra a proposta.

A acusação central: tentativa de blindagem?

O ponto mais sensível da crítica de Renan Filho é a alegação de que o PL, sob a relatoria de Derrite, conteria dispositivos que poderiam ser interpretados como uma forma de proteger autoridades e indivíduos de futuras investigações. A preocupação é que o texto crie brechas legais que dificultem a apuração de envolvimento de agentes públicos com o crime organizado.

"A lambança foi grande", afirmou o ministro, sugerindo que a intenção por trás das alterações no projeto não seria apenas combater o crime, mas também construir um escudo jurídico. Essa acusação eleva o tom do debate, transformando uma discussão sobre segurança pública em uma crise de confiança política.

Uma união inesperada contra o projeto

De forma surpreendente, a proposta de Derrite encontrou resistência em diversos espectros ideológicos. O governo federal, por meio de seus líderes, já se posicionou de forma contrária ao texto como está. O que chama a atenção, no entanto, é que a rejeição também partiu de parlamentares da direita e do Centrão, que normalmente estariam alinhados com pautas de endurecimento penal.

Essa frente ampla de oposição, mencionada por Renan Filho como um dos efeitos da "lambança", pode ser decisiva para o futuro do projeto. A articulação incomum indica que as preocupações com o relatório de Derrite transcendem as barreiras partidárias, focando nos possíveis riscos institucionais que a proposta poderia acarretar.

O futuro do PL Antifacção no Congresso

Com a forte repercussão negativa e as acusações de tentativa de blindagem, o avanço do PL antifacção tornou-se incerto. A proposta, que era vista como uma das prioridades da bancada da segurança pública, agora enfrenta um caminho turbulento. Para que seja aprovado, o texto provavelmente precisará passar por profundas modificações para garantir transparência e remover qualquer dispositivo que possa ser usado para obstruir a justiça.

A controvérsia coloca Guilherme Derrite no centro de uma tempestade política, forçando-o a defender seu relatório publicamente. Os próximos passos dependerão da capacidade de negociação e da disposição dos parlamentares em encontrar um consenso que atenda ao objetivo de combater o crime organizado sem comprometer a integridade das instituições e investigações.

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