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PL Antifacção: Projeto contra crime organizado passará por pente-fino no Senado, afirma relator

Revisão Técnica Anunciada no SenadoO Projeto de Lei (PL) que endurece o combate às facções criminosas, recentemente aprovado na Câmara dos Deputados, enfre...

Por Redação — 19/11/2025 às 16:03
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PL Antifacção: Projeto contra crime organizado passará por pente-fino no Senado, afirma relator

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Revisão Técnica Anunciada no Senado

O Projeto de Lei (PL) que endurece o combate às facções criminosas, recentemente aprovado na Câmara dos Deputados, enfrentará uma revisão aprofundada no Senado Federal. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), designado como relator da matéria, anunciou que pretende realizar uma "revisão técnica" no texto, indicando que a proposta passará por alterações antes de ser votada pelos senadores.

A medida é vista como um passo crucial na legislação de segurança pública, mas a intervenção do relator sinaliza que o caminho para sua sanção ainda terá importantes debates e ajustes técnicos para garantir sua eficácia e constitucionalidade.

Entendendo o Projeto Antifacção

O chamado PL Antifacção tem como objetivo principal modernizar e fortalecer as ferramentas do Estado contra o crime organizado. A proposta, que ganhou força após uma série de crises na segurança pública, busca tipificar novos crimes, aumentar penas para líderes de facções e dificultar a comunicação desses grupos de dentro dos presídios.

A aprovação na Câmara foi celebrada por parlamentares da bancada da segurança, que defendem a urgência de um marco legal mais robusto para enfrentar organizações como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho, que atuam em todo o território nacional.

O Papel do Relator e os Possíveis Ajustes

Ao anunciar a "revisão técnica", o senador Alessandro Vieira assume um papel central na tramitação do projeto. Segundo o parlamentar, o objetivo não é rejeitar o mérito da proposta, mas sim garantir sua aplicabilidade e segurança jurídica. A análise minuciosa, também chamada de "pente-fino", focará em aprimorar a redação, definir com mais precisão os conceitos e alinhar o projeto com outras legislações já existentes, evitando conflitos normativos.

Embora o relator não tenha detalhado todas as alterações planejadas, especialistas apontam alguns pontos que podem ser alvo de modificações:

  • Definição de "organização criminosa": Ajustes para tornar o conceito mais preciso e evitar que movimentos sociais ou grupos não relacionados sejam enquadrados indevidamente.
  • Dosimetria da pena: Reavaliação das penas propostas para garantir a proporcionalidade e o alinhamento com o Código Penal.
  • Meios de obtenção de prova: Regras mais claras sobre o uso de interceptações e outras ferramentas de investigação para não ferir direitos fundamentais.
  • Progressão de regime: Discussão sobre o endurecimento das regras para que membros de facções progridam de regime prisional.

Próximos Passos da Tramitação no Congresso

Com a designação do relator, o PL Antifacção inicia oficialmente sua jornada no Senado. O primeiro passo será a apresentação do parecer de Alessandro Vieira na comissão responsável, provavelmente a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Após a discussão e votação no colegiado, o projeto seguirá para o plenário do Senado.

É importante ressaltar que, se o Senado aprovar o texto com alterações, ele não seguirá imediatamente para a sanção presidencial. A proposta modificada deverá retornar à Câmara dos Deputados para uma nova votação, onde os deputados decidirão se acatam ou não as mudanças feitas pelos senadores, em um processo conhecido como bicameralismo.

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