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'Pior ativismo é o da omissão': Flávio Dino rebate André Mendonça em julgamento do 8/1 no STF

Clima Tensa no Plenário do STFO plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco de mais um momento de tensão nesta semana durante o julgamento de réus...

Por Redação — 18/11/2025 às 20:00
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'Pior ativismo é o da omissão': Flávio Dino rebate André Mendonça em julgamento do 8/1 no STF

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Clima Tensa no Plenário do STF

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco de mais um momento de tensão nesta semana durante o julgamento de réus do chamado "núcleo 3" da suposta tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. O ministro Flávio Dino fez uma crítica contundente, interpretada como uma alfinetada direta ao seu colega, o ministro André Mendonça, a respeito do conceito de "ativismo judicial".

Sem citar o nome de Mendonça diretamente, Dino afirmou que a pior forma de ativismo judicial é a omissão do Poder Judiciário diante de ameaças claras à democracia. "O pior ativismo que pode haver é o da omissão, da covardia, da prevaricação, quando a Constituição exige que o juiz atue", declarou o ministro em um recado claro durante a sessão.

O Contexto: Julgamento e Condenações

A troca de farpas ocorreu enquanto a Corte analisava a situação de dez acusados de participação nos atos antidemocráticos. Este grupo, conhecido como "núcleo 3", é composto por indivíduos que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), estiveram diretamente envolvidos na depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília.

Ao final da deliberação, o STF decidiu pela condenação de nove dos dez réus. As discussões sobre o papel da Corte e os limites da atuação judicial são recorrentes nesses julgamentos, com o ministro André Mendonça frequentemente expressando preocupação com o que considera um excesso ou "ativismo" por parte do tribunal.

Posições Divergentes na Suprema Corte

A manifestação de Flávio Dino evidencia as diferentes correntes de pensamento dentro do próprio STF. De um lado, ministros como Dino defendem uma postura firme e enérgica do Judiciário para proteger o Estado Democrático de Direito, especialmente após os eventos de 8 de janeiro.

Do outro, ministros como André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, adotam uma linha mais garantista e costumam alertar para os riscos de uma suposta invasão de competências de outros Poderes. Essa divergência de visões tem marcado não apenas os julgamentos relacionados ao 8 de janeiro, mas também diversas outras pautas importantes para o país.

Repercussão e o Debate sobre o Papel do Judiciário

O episódio repercutiu no meio político e jurídico, aquecendo ainda mais o debate sobre os limites e deveres do Poder Judiciário no Brasil. A fala de Flávio Dino é vista como um marco na sua posição dentro da Corte, reforçando sua postura de intransigência contra atos golpistas.

Enquanto a sociedade acompanha atentamente, as decisões e os debates internos do STF continuam a ser um elemento central na política nacional, moldando não apenas o futuro dos réus do 8 de janeiro, mas também a própria percepção sobre o equilíbrio e a harmonia entre os Poderes da República.

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