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Operação da PF: Ex-nora de Lula e ex-sócio de Lulinha são alvos de investigação por fraude; entenda o caso

Investigação mira esquema em prefeituras de SPUma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) investiga um sofisticad...

Por Redação — 18/11/2025 às 08:03
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Operação da PF: Ex-nora de Lula e ex-sócio de Lulinha são alvos de investigação por fraude; entenda o caso

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Investigação mira esquema em prefeituras de SP

Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) investiga um sofisticado esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos envolvendo a compra de material didático por prefeituras no estado de São Paulo. Entre os alvos da investigação estão pessoas ligadas à família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Marlene Araújo, ex-esposa de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e Taiguara Rodrigues dos Santos, ex-sócio de Lulinha.

A investigação, denominada Operação Lançamento, apura contratos que, somados, ultrapassam a marca de R$ 134 milhões. O foco é desarticular uma organização criminosa que teria se beneficiado de contratos emergenciais ou com dispensa de licitação para fornecer sistemas e livros educacionais a preços superfaturados para diversos municípios paulistas.

Qual a ligação de Marlene Araújo e Taiguara Rodrigues?

Marlene Araújo e Taiguara Rodrigues dos Santos são sócios da empresa Micro-Power, uma das companhias investigadas por participação no esquema. A proximidade de ambos com a família do presidente Lula chamou a atenção dos investigadores. Taiguara, além de ter sido sócio de Lulinha em outros empreendimentos, é sobrinho da primeira esposa de Lula, já falecida. Marlene, por sua vez, foi casada com o filho do presidente.

Segundo as apurações da PF e da CGU, as empresas envolvidas, incluindo a Micro-Power, atuavam em conluio para direcionar as contratações, lesando os cofres públicos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e às empresas para coletar provas que ajudem a esclarecer a participação de cada um no esquema fraudulento.

Como funcionava o esquema de fraude?

O modus operandi da organização criminosa era bem definido e visava burlar os processos licitatórios para garantir contratos vantajosos com o poder público. As investigações apontam que o esquema seguia alguns passos-chave:

  • Abordagem aos municípios: Os representantes das empresas identificavam e abordavam gestores de prefeituras, principalmente em cidades da Grande São Paulo, como Guarulhos, São Bernardo do Campo e Mauá.
  • Contratos sem licitação: Utilizando a justificativa de "notória especialização" ou situações emergenciais, as empresas conseguiam fechar contratos diretos com as prefeituras, evitando a concorrência de um processo licitatório.
  • Superfaturamento e produtos questionáveis: Os materiais didáticos, como livros e plataformas digitais de ensino, eram vendidos por valores muito acima do mercado. Além disso, a qualidade e a real necessidade desses produtos para a rede municipal de ensino estão sendo questionadas.
  • Movimentação de valores: O dinheiro público recebido era, segundo a investigação, distribuído entre os membros do esquema, caracterizando os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Próximos passos e crimes investigados

Com as provas coletadas durante a fase ostensiva da operação, a Polícia Federal e a CGU irão agora analisar documentos, computadores e dispositivos móveis apreendidos. O objetivo é mapear todo o fluxo financeiro, identificar outros possíveis participantes e determinar a extensão exata do prejuízo causado aos cofres públicos.

Os envolvidos são investigados pelos crimes de fraude a licitação, peculato (desvio de recurso público), corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A defesa dos investigados ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso, que segue em segredo de justiça. A expectativa é que novas fases da operação possam ser deflagradas à medida que as apurações avancem.

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