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Enquanto a polícia francesa investigava o audacioso roubo de joias de 88 milhões de euros no Museu do Louvre, um mistério paralelo tomava conta das redes sociais. Uma fotografia da cena do crime mostrava um jovem elegante, de chapéu fedora e colete, observando o local com um ar enigmático, o que lhe rendeu o apelido de 'o homem do chapéu'. Teorias se espalharam rapidamente: seria ele um detetive particular, uma criação de inteligência artificial ou até mesmo um cúmplice? A resposta, no entanto, é muito mais simples e fascinante.
O 'dândi' misterioso é Pedro Elias Garzon Delvaux, um adolescente de 15 anos, fã declarado dos detetives fictícios Sherlock Holmes e Hercule Poirot. Morador de Rambouillet, a sudoeste de Paris, Pedro havia planejado uma visita em família ao Louvre no dia do crime, um domingo (19/10), mas encontrou o museu fechado pelo cordão de isolamento. 'Não sabíamos que tinha havido um assalto', contou à agência Associated Press.
Enquanto pedia informações a um policial, um fotógrafo da AP registrou a cena, enquadrando-o acidentalmente na imagem que se tornaria viral. Pedro só descobriu sua fama inesperada quatro dias depois, quando um amigo lhe enviou um vídeo no TikTok com sua foto, que já acumulava 5 milhões de visualizações. A surpresa aumentou quando sua mãe o informou que ele estava no jornal The New York Times. 'Foi marcante. Não é todo dia que você aparece no New York Times', disse o jovem, que optou por deixar o mistério durar. 'Essa foto tem um mistério, e o mistério precisa durar'.
Enquanto a identidade de Pedro era debatida online, a investigação do roubo real avançava. O crime ocorreu pouco após a abertura do museu, quando quatro ladrões usaram um elevador mecânico para alcançar uma varanda da Galeria de Apolo. Após cortarem o vidro, eles renderam os guardas e levaram oito peças históricas da coroa francesa, incluindo tiaras, broches e colares adornados com milhares de diamantes e pedras preciosas, avaliados em cerca de R$ 530 milhões. A fuga foi realizada em scooters.
A investigação, que conta com cerca de 60 agentes, levou à prisão de quatro suspeitos — três homens e uma mulher. Pistas de DNA encontradas na escada e em uma moto usadas na fuga foram cruciais para identificar os criminosos, descritos pelas autoridades como 'criminosos comuns' e não uma quadrilha profissional.
O incidente expôs graves falhas de segurança no museu mais visitado do mundo. Um relatório preliminar apontou que um terço das salas na área invadida não possuía câmeras de vigilância. A presidente do Louvre, Laurence des Cars, admitiu as falhas, afirmando que já alertava sobre a necessidade de mais investimentos em segurança. Em resposta, o governo francês reforçou a proteção em instituições culturais e parte das joias mais valiosas do museu foi transferida para o cofre do Banco da França. O roubo acelerou os planos para um grande projeto de renovação e reforço da segurança do Louvre, orçado em até 800 milhões de euros.
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