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O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, está implementando uma nova e rigorosa diretriz que amplia os critérios para a concessão de vistos de imigrante, passando a incluir a análise de condições de saúde pré-existentes dos solicitantes. A medida, que visa impedir que estrangeiros se tornem um "fardo" para o sistema público, coloca doenças como obesidade, diabetes e hipertensão na lista de possíveis motivos para a recusa do visto.
A nova orientação foi comunicada pelo Departamento de Estado a embaixadas e consulados americanos em todo o mundo, conforme revelado por um documento obtido pela agência de notícias Associated Press. A diretriz instrui os funcionários consulares a realizarem uma análise detalhada e abrangente dos candidatos, considerando não apenas a documentação, mas também fatores de saúde.
É crucial destacar que a nova política se aplicará especificamente a vistos de imigrantes, ou seja, para aqueles que buscam residência permanente nos EUA. Vistos de não imigrante, como os de turismo (B-2) e outras estadias de curta duração, não serão afetados por essas novas exigências.
A lista de condições que podem pesar negativamente na avaliação inclui doenças crônicas, obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares e metabólicas, além de condições de saúde mental como depressão e ansiedade, que possam demandar cuidados de alto custo. Outros fatores como idade, situação financeira, nível educacional e proficiência em inglês também serão levados em conta no que a diretriz chama de "totalidade das circunstâncias".
A recusa não será automática. No entanto, segundo o advogado de imigração Steven Heller, em entrevista à AP, a diretriz muda a abordagem dos consulados. "Eles estão recebendo autorização para usar a 'totalidade das circunstâncias' como uma espada, em vez de um escudo", afirmou, indicando que os funcionários terão mais liberdade para procurar motivos para negar os pedidos.
O objetivo da administração Trump, segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, é "priorizar os interesses do povo americano", garantindo que o sistema de imigração "não seja um fardo para o contribuinte americano". A medida representa um endurecimento significativo das políticas de imigração, que anteriormente focavam a análise médica principalmente em doenças transmissíveis e histórico de abuso de substâncias.
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