Retorno Estratégico ao Cenário Político
A ex-deputada federal Manuela D’Ávila anunciou seu retorno à vida política partidária, marcando o fim de um hiato dedicado a projetos pessoais e ao combate à desinformação. A grande novidade é sua filiação ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), e os planos ambiciosos já estão traçados: uma provável candidatura ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul nas eleições de 2026.
A decisão movimenta o tabuleiro político da esquerda brasileira e sinaliza uma nova fase na trajetória de uma de suas figuras mais proeminentes. A mudança de partido, do tradicional PCdoB para o PSOL, é vista como um alinhamento estratégico com novas lideranças, como o deputado federal Guilherme Boulos, também do PSOL.
Uma Nova Filiação: A Troca do PCdoB pelo PSOL
Após uma longa e histórica militância no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), pelo qual foi eleita para diversos cargos e concorreu à vice-presidência em 2018, a filiação de Manuela ao PSOL representa um passo significativo. A mudança a aproxima de uma ala da esquerda que tem ganhado força nos últimos anos, caracterizada por um forte apelo junto aos movimentos sociais e à juventude.
Fontes próximas à política afirmam que a decisão foi amadurecida e reflete uma busca por um espaço político com maior alinhamento ideológico para os desafios atuais. A recepção dentro do PSOL tem sido majoritariamente positiva, com lideranças celebrando a chegada de um nome com grande capital político e capacidade de diálogo com diferentes setores da sociedade.
O Alvo é o Senado: A Estratégia para 2026
A pré-candidatura ao Senado é o principal projeto de Manuela D'Ávila neste retorno. A disputa por uma cadeira na câmara alta do Congresso Nacional é notoriamente acirrada, mas seu nome já surge como um dos mais fortes para a corrida no Rio Grande do Sul. A campanha deve focar em pautas que marcaram sua carreira, como a defesa dos direitos das mulheres, o combate às fake news e a luta por justiça social.
A articulação para 2026 busca construir uma frente ampla de esquerda no estado, com o objetivo de eleger não apenas Manuela para o Senado, mas também fortalecer as bancadas do partido na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. A estratégia passa por consolidar seu nome e dialogar com eleitores que se afastaram da política tradicional.
Relembre a Trajetória de Manuela D'Ávila
Manuela D'Ávila possui uma carreira política consolidada, iniciada ainda muito jovem. Sua trajetória inclui passagens importantes por diferentes esferas do poder legislativo e executivo. Entre seus principais marcos, destacam-se:
- Vereadora de Porto Alegre: Foi a mais jovem vereadora eleita na capital gaúcha.
- Deputada Federal: Cumpriu dois mandatos na Câmara dos Deputados, onde teve atuação de destaque em comissões importantes.
- Deputada Estadual: Também foi eleita para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
- Candidata a Vice-Presidente: Em 2018, compôs a chapa presidencial de Fernando Haddad (PT), alcançando o segundo turno das eleições.
Nos últimos anos, mesmo afastada de mandatos, Manuela se dedicou ao ativismo digital, fundando o Instituto E Se Fosse Você?, focado no combate à violência e desinformação online, além de escrever livros sobre o tema.
Impacto no Cenário da Esquerda Nacional
O retorno de Manuela D'Ávila, agora nos quadros do PSOL, tem um impacto que transcende as fronteiras gaúchas. O movimento é interpretado como um fortalecimento do eixo Boulos-Manuela dentro do partido, consolidando uma liderança jovem e com forte apelo popular. A aliança pode redesenhar as forças internas da esquerda e influenciar diretamente as estratégias para as próximas eleições presidenciais e parlamentares em todo o Brasil. A expectativa é que sua presença energize a militância e atraia novos eleitores para o campo progressista.
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