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“Já foi analisado”: Moraes dispensa debate sobre suspeição e STF avança em julgamento de militares por suposto golpe

Decisão Rápida no Plenário VirtualO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não se estender sobre os argumentos de sua pró...

Por Redação — 19/11/2025 às 12:01
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“Já foi analisado”: Moraes dispensa debate sobre suspeição e STF avança em julgamento de militares por suposto golpe

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Decisão Rápida no Plenário Virtual

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não se estender sobre os argumentos de sua própria suspeição durante o julgamento das questões preliminares na ação penal contra o chamado "núcleo 3". Este grupo é composto por militares de alta patente investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Em uma manifestação sucinta no plenário virtual, Moraes afirmou que a questão "já foi analisado" pela Corte, sinalizando que não haveria mais espaço para o debate sobre sua parcialidade no caso.

A decisão do ministro relator visou dar celeridade à análise, evitando que as chamadas preliminares, que são os argumentos processuais da defesa, prolongassem excessivamente o julgamento. Com isso, o STF avança para decidir se aceita a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e torna os investigados réus no processo.

Quem Compõe o "Núcleo 3"?

O grupo de investigados nesta fase do inquérito inclui figuras proeminentes do governo anterior, principalmente do meio militar. A denúncia da PGR mira aqueles que teriam atuado para incitar um ambiente de ruptura institucional e apoiar um golpe. Entre os alvos estão:

  • General Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.
  • General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
  • General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.
  • Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.
  • General Estevam Theophilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres (COTER).

Segundo as investigações, esses militares teriam participado ativamente de reuniões e planejamentos que visavam impedir a posse do presidente eleito e desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.

A Estratégia da Defesa e os Argumentos Rejeitados

As defesas dos militares apresentaram uma série de argumentos preliminares na tentativa de anular ou suspender o processo. A principal tese era a arguição de suspeição do ministro Alexandre de Moraes, sob a alegação de que ele não poderia ser o juiz do caso, pois também figuraria como uma das vítimas dos supostos atos antidemocráticos. Os advogados sustentam que isso comprometeria sua imparcialidade.

Outro ponto frequentemente levantado pela defesa é a suposta incompetência do STF para julgar o caso, argumentando que os fatos deveriam ser apurados na primeira instância da Justiça. No entanto, ao afirmar que o tema já foi analisado, Moraes remete a decisões anteriores do próprio STF que validaram tanto sua competência como relator quanto a jurisdição da Corte para processar e julgar os envolvidos nos atos.

Próximos Passos e o Futuro do Processo

Com a rápida superação das questões preliminares, a tendência é que a maioria dos ministros do STF acompanhe o voto de Alexandre de Moraes para aceitar a denúncia da PGR. Caso isso se confirme, os militares do "núcleo 3" passarão oficialmente à condição de réus por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. O julgamento no plenário virtual segue em andamento, e a decisão final sobre o recebimento da denúncia deve ser formalizada nos próximos dias, marcando um dos capítulos mais importantes das investigações sobre os ataques à democracia no Brasil.

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