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Indicação ao STF: Preferência de Lula por Messias gera insatisfação em Alcolumbre e tensão no Senado

Xadrez Político no Planalto e no SenadoA corrida pela vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou um novo capítulo de tensão polít...

Por Redação — 19/11/2025 às 16:04
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Indicação ao STF: Preferência de Lula por Messias gera insatisfação em Alcolumbre e tensão no Senado

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Xadrez Político no Planalto e no Senado

A corrida pela vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou um novo capítulo de tensão política. A sinalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que sua preferência recai sobre Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU), gerou uma clara insatisfação no senador Davi Alcolumbre (União-AP), uma figura central no processo de aprovação de qualquer indicado.

Alcolumbre, que preside a estratégica Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, é o responsável por pautar e conduzir a sabatina do nome escolhido pelo Planalto. Sua contrariedade representa o primeiro grande obstáculo político para a confirmação de Messias na mais alta corte do país, criando um cenário de potencial desgaste para o governo.

O Candidato de Alcolumbre e a Escolha de Lula

O descontentamento de Davi Alcolumbre tem uma origem clara: seu forte apoio à indicação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado. A nomeação de Pacheco era vista como um movimento que fortaleceria o grupo político de Alcolumbre e consolidaria a aliança entre o Senado e o governo. No entanto, segundo fontes do Planalto, o próprio presidente Lula teria comunicado a Pacheco que sua escolha seria por Messias.

A decisão de Lula prioriza um nome de sua estrita confiança e que se encaixa no perfil que ele mesmo descreveu como "terrivelmente evangélico", em uma tentativa de acenar para um segmento importante da sociedade. Jorge Messias é visto como um quadro leal e tecnicamente qualificado, mas sua indicação quebra as expectativas de uma ala poderosa do Congresso Nacional.

As Implicações da Insatisfação na CCJ

Com o poder de definir o ritmo do processo, a insatisfação de Alcolumbre não é apenas uma questão de bastidores. O presidente da CCJ pode, se assim desejar, atrasar a sabatina de Jorge Messias, submetendo o indicado a um desgaste prolongado e abrindo espaço para um debate mais intenso sobre seu nome. Essa manobra colocaria em teste a capacidade de articulação política do governo, que precisará negociar intensamente para garantir a aprovação.

As possíveis consequências da contrariedade de Alcolumbre incluem:

  • Atraso na marcação da sabatina: O tempo do processo está nas mãos do presidente da CCJ, que pode postergar a data para aumentar a pressão.
  • Questionamentos rigorosos: Senadores aliados a Alcolumbre podem adotar uma postura mais dura e incisiva durante a audiência de confirmação.
  • Teste para a base governista: O governo terá que mobilizar sua base e negociar com o centrão para assegurar os votos necessários, primeiro na CCJ e depois no plenário do Senado.

Próximos Passos e o Futuro da Vaga no Supremo

Embora a indicação de Jorge Messias ainda não tenha sido oficializada, o cenário político já está montado para uma das sabatinas mais politizadas dos últimos anos. O movimento de Lula, ao optar por um nome de sua confiança em detrimento do candidato preferido de um aliado-chave, demonstra uma aposta na força de sua articulação direta. As próximas semanas serão cruciais para observar como o governo e o Senado irão navegar nesta delicada negociação, que definirá a composição do STF para as próximas décadas.

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