Horror nos Bálcãs: Itália Investiga 'Safári Humano' Onde Turistas Pagavam para Matar Civis em Sarajevo
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Horror nos Bálcãs: Itália Investiga 'Safári Humano' Onde Turistas Pagavam para Matar Civis em Sarajevo

Por Redação
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A promotoria de Milão, na Itália, abriu uma investigação sobre um dos capítulos mais sombrios e macabros da Guerra da Bósnia: a existência de supostos 'safáris humanos', nos quais cidadãos italianos teriam pago altas somas para atirar em civis, incluindo crianças, durante o brutal cerco a Sarajevo na década de 1990. De acordo com a denúncia que motiva a investigação, os chamados 'turistas de guerra' desembolsavam o equivalente a valores entre 80 mil e 100 mil euros (aproximadamente R$ 490 mil a R$ 610 mil em valores atuais) a milícias sérvio-bósnias. Em troca, recebiam fuzis de precisão e eram levados a posições estratégicas nas colinas que cercavam a capital bósnia. De lá, tinham permissão para escolher seus alvos entre a população indefesa que tentava sobreviver na cidade sitiada. A investigação aponta que o esquema teria ocorrido entre 1993 e 1995, com 'excursões' partindo da cidade italiana de Trieste. O caso foi reaberto após o trabalho investigativo do jornalista italiano Ezio Gavazzeni, que ouviu relatos sobre a prática ainda nos anos 90 e aprofundou o tema após o lançamento do documentário esloveno 'Sarajevo Safari' em 2023. 'Estamos falando de pessoas ricas, com reputação, empresários, que durante o cerco de Sarajevo pagavam para poder matar civis indefesos', afirmou Gavazzeni em entrevista ao jornal 'La Repubblica'. 'Eles saíam para a caçada humana e depois voltavam, continuando suas vidas normais e respeitáveis.' Os promotores italianos começarão a convocar testemunhas e, caso os suspeitos sejam identificados, eles poderão ser indiciados por homicídio doloso agravado por crueldade e motivo torpe. O cerco a Sarajevo, que durou 1.425 dias entre 1992 e 1996, é um dos episódios mais longos e sangrentos da história europeia moderna. As forças sérvio-bósnias bloquearam a cidade, cortando o fornecimento de água, eletricidade e alimentos, enquanto franco-atiradores aterrorizavam os habitantes. Dados oficiais apontam que mais de 5.400 civis foram mortos durante o cerco, dos quais cerca de 1.500 eram crianças. A nova investigação busca levar à justiça os participantes de uma prática que transformou um crime de guerra em uma macabra forma de lazer.
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