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As Filipinas enfrentam uma nova e poderosa ameaça climática. O supertufão Fung-wong atingiu o país neste domingo (9), forçando a evacuação de mais de um milhão de pessoas em meio a ventos devastadores e chuvas torrenciais. A tempestade já causa apagões generalizados e se aproxima da densamente povoada capital, Manila, elevando o alerta em toda a nação.
Detectado por meteorologistas na cidade de Pandan, província de Catanduanes, o Fung-wong tocou o solo com uma força avassaladora. Classificado como um supertufão – designação para ciclones com ventos sustentados acima de 185 km/h –, a tempestade avança em direção à costa noroeste, com previsão de impacto direto nas províncias de Aurora ou Isabela.
A chegada do Fung-wong é particularmente alarmante, ocorrendo apenas três dias após o supertufão Kalmaegi, que deixou um rastro de destruição com ao menos 142 mortos e mais de 100 desaparecidos. A rápida sucessão de tempestades extremas coloca os serviços de emergência e a população sob imensa pressão.
O Secretário de Defesa, Gilberto Teodoro Jr., alertou para um "impacto potencialmente catastrófico", estimando que mais de 30 milhões de pessoas estejam na zona de risco. "Precisamos que as pessoas sigam as ordens de evacuação imediatamente. Quando as inundações começam, é difícil resgatar as pessoas", declarou Teodoro em um pronunciamento, pedindo que moradores de áreas vulneráveis a deslizamentos e enchentes busquem abrigo seguro.
Em Catanduanes, os relatos já são dramáticos. "A chuva e o vento estavam tão fortes que a visibilidade era quase nula", disse Roberto Monterola, oficial de mitigação de desastres, que confirmou o resgate de 14 pessoas presas no telhado de uma casa inundada e de outra família cuja residência estava prestes a ser destruída pelo vento.
Como medida de precaução, o governo filipino ordenou o fechamento de escolas e da maioria dos órgãos públicos para segunda e terça-feira. O setor de transportes foi severamente afetado, com o cancelamento de pelo menos 386 voos domésticos e internacionais e mais de 6.600 passageiros retidos em portos devido à proibição da navegação em mar agitado.
As autoridades alertam para o alto risco de ondas de tempestade de mais de 3 metros de altura ao longo da costa, incluindo a região da capital. As Filipinas, um dos países mais propensos a desastres naturais do mundo, enfrentam mais uma vez um teste severo à sua resiliência e capacidade de resposta a eventos climáticos extremos.
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