Escalada Nuclear: Rússia Adverte que Responderá na Mesma Moeda a Possíveis Testes dos EUA
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Escalada Nuclear: Rússia Adverte que Responderá na Mesma Moeda a Possíveis Testes dos EUA

Por Redação
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Em um cenário de crescente tensão global, o Kremlin afirmou neste domingo (9) que a Rússia se sentirá "obrigada" a realizar testes nucleares caso os Estados Unidos decidam retomar suas próprias detonações, pondo fim a uma moratória de mais de três décadas. A declaração aumenta o temor de uma nova corrida armamentista entre as duas maiores potências nucleares do mundo. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, em entrevista à emissora "Russia 1", ressaltou que Moscou não tem a intenção de ser a primeira a violar a proibição de testes. No entanto, ele deixou claro que qualquer movimento de Washington será espelhado. "Se outro país violar os compromissos relacionados à proibição de testes nucleares, a Rússia terá de fazer o mesmo para manter a paridade", declarou Peskov, ecoando falas anteriores do presidente Vladimir Putin. A advertência russa é uma resposta direta às recentes declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que no final de outubro anunciou ter autorizado a retomada dos testes. Trump justificou a medida acusando, sem apresentar provas, a Rússia e a China de realizarem testes nucleares secretos, subterrâneos e em violação a tratados internacionais. "A Rússia testa, a China testa, mas eles não falam sobre isso", afirmou Trump em uma entrevista à TV americana "CBS", acrescentando que não quer ser "o único país que não realiza testes". As acusações foram prontamente negadas por Pequim. "A China sempre aderiu ao caminho de um desenvolvimento pacífico (...) e respeita seu compromisso de suspender os testes nucleares", respondeu a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning. O Kremlin também buscou desassociar seus recentes testes com armamentos avançados, como o míssil de cruzeiro Burevestnik e o torpedo Poseidon, da questão nuclear. Peskov classificou como "superficiais e incorretas" as especulações de que esses ensaios, capazes de carregar ogivas, configurariam testes nucleares. Enquanto a retórica se intensifica, a comunidade internacional observa com apreensão. A decisão de Trump foi condenada por organizações como a ONU e a Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO), que alertam para o risco de desestabilização da segurança mundial. O Tratado, assinado em 1996 pelas principais potências, incluindo EUA e Rússia, nunca chegou a entrar em vigor, mas tem sido respeitado de fato pela maioria dos países. Desde o início do século XXI, apenas a Coreia do Norte realizou detonações nucleares confirmadas. A troca de acusações e ameaças coloca em xeque décadas de esforços pelo controle de armas e reaviva fantasmas da Guerra Fria, em um momento em que tanto os EUA quanto a Rússia possuem arsenais com mais de cinco mil ogivas nucleares cada um.
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