América do Sul no Jogo de Poder: A Estratégia de Trump de Sanções, Alianças e Confronto com a China
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América do Sul no Jogo de Poder: A Estratégia de Trump de Sanções, Alianças e Confronto com a China

Por Redação
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Em uma reviravolta na política externa americana, o segundo mandato de Donald Trump na Casa Branca tem sido marcado por um foco intenso e agressivo na América do Sul, uma região que por anos esteve fora das prioridades de Washington. Utilizando uma estratégia que mescla pressões econômicas, demonstrações de força militar e generosos pacotes de ajuda, Trump busca realinhar o continente sob a influência dos EUA e frear o avanço da China na região. Esta nova doutrina ficou evidente em uma série de ações de grande impacto. No Brasil, Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos de importação, em uma aparente manobra para pressionar contra o julgamento de seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe. As tensões, no entanto, parecem ter sido atenuadas após um encontro recente entre Trump e o presidente Lula na Malásia. Em outra frente, o governo americano ordenou um deslocamento militar incomum no sul do Caribe, realizando bombardeios perto da costa da Venezuela e da Colômbia. A justificativa oficial foi o combate ao narcotráfico, mas analistas veem a ação como uma clara intimidação ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O presidente colombiano, Gustavo Petro, que criticou os ataques, foi alvo de sanções americanas, estremecendo a relação com um dos aliados mais antigos dos EUA na região. Em contraste, a Argentina do presidente Javier Milei recebeu um tratamento preferencial. Trump concedeu um raro auxílio de US$ 20 bilhões ao governo ultraliberal, um respaldo financeiro crucial antes das eleições legislativas. "Estamos nos concentrando muito na América do Sul e conseguindo forte controle no continente", declarou Trump ao parabenizar Milei pela vitória, a quem descreveu como um "seguidor incondicional de MAGA" (Make Argentina Great Again). Para especialistas, a principal motivação por trás dessa ofensiva é a crescente influência da China, que se tornou o maior parceiro comercial da América do Sul. "A América do Sul, de forma geral, se transformou em uma zona de influência da China", afirma Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional. "Acredito que Trump esteja tentando reverter este quadro". O próprio presidente americano traçou uma linha vermelha, alertando a Argentina a não aprofundar laços militares com Pequim. Além da disputa geopolítica, há um forte componente ideológico e o interesse em recursos estratégicos, como minerais críticos. O secretário de Estado, Marco Rubio, é visto como um dos arquitetos dessa política de linha-dura, especialmente contra governos de esquerda em Cuba, Nicarágua e Venezuela. Contudo, a eficácia da estratégia é questionada. Margaret Myers, do think tank Diálogo Interamericano, descreve a abordagem como "transacional e geograficamente limitada", apontando que o compromisso comercial da China com a região permanece sólido. Alan McPherson, da Universidade de Temple, sugere que a América do Sul se tornou um alvo por sua menor capacidade de retaliação em comparação com potências como a China ou a Rússia. "A região é um objetivo mais fácil", conclui. Dessa forma, as ações de Trump redesenham o tabuleiro geopolítico, transformando a América do Sul em um palco central da disputa global por poder e influência.
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